domingo, 24 de novembro de 2013

Seu Cardinha, "eu aprendi a fazer a peneira com idade de quinze pra dezesseis anos."


José Caldas dos Santos
(Seu Cardinha), 82 anos
Jenipapo de Minas, MG























Olha seu moço,
eu recordo muito de meu pai.
Um dia, ele falou comigo, assim:
oh José, eu vou ensinar ocê a fazer peneira
procê quando for dono de casa
ocê num precisar comprar.
Aí, eu tava com idade de quinze pra dezesseis anos.
Ele me ensinou.
Num precisou dele ficar encima de mim
pro que a ideia minha era boa mesmo.
Hoje, a ideia está boa, mas devido a idade,
parte da paciência acabou.
De forma que eu aprendi a fazer a peneira
com idade de quinze pra dezesseis anos
e tô fazendo até a data de hoje.
Enquanto eu aguentar e a vista permitir.
A vista tá começando a fazer uma fumaça,
assim....

                                                                                          Lori Figueiró

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Em Catuji, Olhares de Atitude V



Estamos sempre, de um modo ou de outro, trabalhando em, convivendo com
ou participando de unidades sociais de vida cotidiana, onde pessoas aprendem
ensinando e ensinam aprendendo. Pode bem ser que em algumas delas haja
especialistas em ensinar – os diferentes tipos de educadoras e educadores -
e não-especialistas que aprendem. Mesmo um time de futebol de bairro tem
o seu técnico, e é de esperar que ele saiba ensinar ao “time” os segredos do ofício.

                                          Carlos Rodrigues Brandão,
                                                       Da turma de alunos à comunidade aprendente.
                                                       Visões Singulares, conversas plurais,
                                                       Rumos Itaú Cultural, 2007





Andrey Ramos Maciel, 19 anos





Cassio Alves Andrade, 21 anos

Crislane Oliveira Souza, 14 anos

Bruna Lopes Cardoso, 13 anos



Rafael Lemos de Souza, 16 anos

Rita de Cassia Miranda de Souza,
16 anos

Milane Gomes dos Santos, 15 anos















Um que pensa

Chorava a coruja
no alto do toco
só porque
olhando do alto
o longe de tudo
ela cismava
que o Mundo
é pouco!



                              Carlos Rodrigues Brandão, Furundum! com Rubens Matuck





Andrey Ramos Maciel, 19 anos

Rogerio Pereira Miranda, 20 anos

Thatiany Pereira Miranda, 16 anos

Rogerio Pereira Miranda, 20 anos















O começo do claro

De madrugadinha
com a arte da artesã
a luz acende a vela
e a chamazinha
clareia a casa inteira
da hora da manhã.


                          Carlos Rodrigues Brandão, Furundum! com Rubens Matuck




Maciel Emilio dos Santos, 15 anos

Thatiany Pereira Miranda, 16 anos

Rafael Lemos de Souza, 16 anos













Jessica Francisco de Jesus,
14 anos



Alan Vicente Marques, 13 anos

Marcos Vitor Lemos da Conceição,
14 anos

 Thais Francisco de Jesus, 16 anos





                         Alisson, Crislane, Julia, Rita de Cassia, Jaqueline, Dalila,    
                             Bruna, Milane, Marcos Vitor, Rogerio, Cassio, Maciel.


                                          Fotografia de Rafael Lemos de Souza

Em Catuji, Olhares de Atitude IV



E bem sabemos que a educação possui na própria criação da vida
humana um lugar bastante mais essencial do que costumamos supor.
Na verdade, como seres inteiramente dependentes de processos
culturais de socialização – de transformação de um indivíduo em uma
pessoa -, somos e seremos sempre moldados conforme a educação
que criamos e que criaremos, para que ela continuamente nos recrie.


                                                        Carlos Rodrigues Brandão,
                                                                   Da turma de alunos à comunidade aprendente.
                                                                   Visões Singulares, conversas plurais,
                                                                   Rumos Itaú Cultural, 2007





Thatiany Pereira Miranda, 16 anos


Rogerio Pereira Miranda, 20 anos


Thatiany

                                    Rogerio

Thatiany

                                 Thatiany

  Rogerio

                                    Thatiany

Thatiany

                                    Rogerio

Rogerio

                                   Thatiany

Rogerio

                                     Rogerio

Rogerio














Vila Altamira, em Catuji, pelo olhar dos irmãos  
Thatiany Pereira Miranda e Rogerio Pereira Miranda.




















Tudo quanto

Tudo quanto é belo brilha
brilha brilha brilha e brilha
no país de bem com a vida.
Brilha azul, brilha vermelho
brilha lilás e violeta
amarelo e maravilha.

Tudo quanto brilha é belo
belo belo belo e belo
quando brilha o bem da vida.
Brilha vermelho e azul
brilha violeta e lilás
maravilha e amarelo.


Carlos Rodrigues Brandão, Furundum! com Rubens Matuck