quinta-feira, 30 de maio de 2013

Coral Ribeirão de Areia, Poesia nos ensejos de um querer melhor. II

                 Juscelino Moreira Alves com as filhas Maria de Fatima e Maria Silene,
                 e com o Coral Ribeirão de Areia.



As coisas não querem mais ser vistas por pessoas
razoáveis;
Elas desejam ser olhadas de azul -
Que nem uma criança que você olha de ave.

                                                                                          Manoel de Barros



















Um dia eu soube que o arco-íris é filho da admiração. Nunca esqueci tal enunciado,
mesmo suspeitando ser mentira.

                                                                    Bartolomeu Campos de Queirós


















E não havia mentira mais verdadeira do que a de supor possível 
escutar o coração dos pássaros. 


                                                                      Bartolomeu Campos de Queirós







               Maria Rita Rabelo com a filha Valdeleth, os netos Kenedy, Ingrid Estefani, 
               Kananda, Kaique e mais a visita de Mariana.




Eu penso renovar o homem usando borboletas.

                                                                              Manoel de Barros
  


                                               Kaique Leite Lisboa


A arte propicia uma experiência subjetiva através da qual podemos nos renovar sempre.
Aconteça o que acontecer. Graças ao seu imaginário, o artista cria outra realidade e, com
isso, se surpreende e se contenta. O objeto da arte é uma Fonte de Juventa, antes e depois
de realizado. Antes, porque o processo de criação suspende o tempo. Depois, por questionar
o artista e induzir a criar mais e ainda.


                                                Betty Milan, Carta ao filho: ninguém ensina a ser mãe. 
                                                                      Ed. Record, pág. 71












terça-feira, 14 de maio de 2013

Vale: vida II



Vale:vida
Com um olhar que ultrapassa os limites físicos e com a sensibilidade de quem
vê no outro a extensão de si próprio, o trabalho de Lori Figueiró se traduz
em imagem poética.
Nascido em Diamantina (MG), o fotógrafo e videodocumentarista é autodidata.
Figueiró capta com suas lentes e perpetua, em registro impresso, a memória coletiva
dos movimentos do viver dos povos do cerrado, seus costumes, vivências e trocas 
de novos e velhos, tecendo, diante dos olhos e mentes, uma colcha de retalhos – 
de vidas, lendas, dizeres, danças, contos, cantos e encantos...  Histórias oriundas de 
um sentimento de pertença, que parte do local e perpassa o universal.
A exposição Vale:vida é uma realização do programa Polo de Integração da UFMG
no Vale do Jequitinhonha em parceria com a Pró-Reitoria de Extensão e Diretoria
de Ação Cultural.

                                                                                               Ridalvo Felix















































Imagens que encantam e cantam as vozes do Vale.

                                                 Camila Freire Silva


Gente como você eterniza nuances de realidades tão
delicadas quanto imperceptíveis. Nós, comuns dos mortais,
apenas com a alma; vocês registram e traduzem.
Viva a arte!!!

                                                 Rosélia Maria Ferreira Souza


terça-feira, 7 de maio de 2013

Vale: vida



Vale: vida
 
Com um olhar que ultrapassa os limites físicos e com a sensibilidade de quem vê no outro a extensão de si próprio é que se traduz em imagem poética o trabalho de Lori Figueiró. Nascido em Diamantina - MG, o fotógrafo e videodocumentarista é também autodidata e membro fundador do Centro de Cultura Memorial do Vale, organização não governamental com sede em São Gonçalo do Rio das Pedras.
Há mais de dez anos, Lori Figueiró capta com suas lentes, e perpetua em registro impresso, a memória coletiva dos movimentos do viver da gente do cerrado, seus costumes, vivências e trocas de novos e velhos tecendo diante dos olhos e mentes uma colcha de retalhos: retalhos de vidas, de lendas, dizeres, danças, contos, cantos e encantos... histórias oriundas de um sentimento de pertença que parte do local perpassando o universal.
Seus vídeos e fotografias têm corpo e alma, têm a energia da vivência em comunidade, da experiência do dividir quando o pensamento é somar. Revelam um propósito de celebrar a comunhão de saberes e de ritmos comparada a um cirandar, a brincadeira de rodas que precisa, antes de tudo, de um "dar as mãos" para ter início e fluir colorida, amalgamada de sons: o som dos cantos, ao mesmo tempo plural e singular; o som solene e alegre dos benditos que reverenciam os santos e entidades protetoras desse mesmo saber; o som inconfundível das rodas de samba. Todos perpetuados pela oralidade e "cuidado" com os que têm, além da sensibilidade, respeito pelo fazer do outro, que não difere em nada do seu.
Lori Figueiró compreende a importância desses fazeres e seu alcance, e sabe da real contribuição de seu trabalho para que não se perca, no caminhar histórico, a beleza do Ser – valor primeiro do sentir-se inserido no processo de tornar-se guardião ou guardiã da memória de um povo.
No Projeto Vale: vida Lori Figueiró trata com sabedoria e tato temas como a fé, o sagrado, o profano, o imaginário, o cotidiano, a memória. A série registra singularidades que são plurais, transbordando vida, movimento, alegria, celebração, melodia, rima, cantos e contos aparentemente fragmentados, mas que se alinhavam uns aos outros, revelando a essência de um existir coeso do povo do Vale do Jequitinhonha.

                                                                                                         Ridalvo Félix




   
Rio Jequitinhonha,  
Coronel Murta
Vale do JequitinhonhaMG


Grupo Consciência Negra, Jenipapo de Minas
Vale do Jequitinhonha - MG


Piquenique, Tamanduá
Vale do Jequitinhonha - MG


Batuqueiros do Curtume, Curtume
Vale do Jequitinhonha - MG


Venda, Tamanduá
Vale do Jequitinhonha - MG


José Tiburtino dos Santos, Ouro Fino
Vale do Jequitinhonha - MG


Ilídia Batista Lopes,  
São Gonçalo do Rio das Pedras
Vale do Jequitinhonha - MG


Maria Angelica de Jesus e
José Maria dos Santos,  
Ouro Fino
Vale do Jequitinhonha - MG


Coral Ribeirão de Areia, Ribeirão de Areia
Vale do Jequitinhonha - MG


Alvina Gomes da Silva, Coqueiro Campo
Vale do Jequitinhonha - MG



Bernardino Lopes de Caldas, Ribeirão de Areia
Vale do JequitinhonhaMG









sábado, 4 de maio de 2013

Coral Ribeirão de Areia, Poesia nos ensejos de um querer melhor.

                          Bernardino Lopes de Caldas e o Coral Ribeirão de Areia

 
No azul intenso na manhã das comemorações do Dia do Trabalho,
em Ribeirão de Areia, Sr. Bernardino, guarnecido com a sua viola,
cantou versos, interpretou cantigas e ofertou ao Coral Ribeirão de Areia
a sua sabedoria com dedicação, alegria e sensibilidade.

O que seria apenas mais um ensaio e a oportunidade de outros registros
fotográficos se transformou em cantoria, repentes de versos, palmas e
batuques, risos e euforia.

Poesia compartilhada de cores e luzes, sons e movimentos, gestos em
afagos, ensejos de um querer melhor.

Diamantes em flor, os meninos e meninas do Coral Ribeirão de Areia,
harmoniosos em si, singelos e verdadeiros, conclamam homens, mulheres
e crianças a vivenciarem a canção da vida.


                                                                                                            Lori Figueiró