domingo, 22 de junho de 2014

Quero




Quero
( um olhar profundo em seus olhos
e muitos cuidados )


























Quero a luz da poesia
nos olhos de Aleila.






















A dança das minhas mãos
no sorriso dos lábios da Menina,
- tempo de latência para tudo
o que se tem para viver.





















Quero encontrar o lencinho branco
molhado de orvalho
na canção de D. Evangelina,
numa das estações do meu interior.





















Quero Sandra,
o tempero de avó Anna
nos grãos de uvas
da sua erudição solitária,
lá, nas outras paragens
do centro-oeste.






















Quero a paina
e o bater da paina
e o voar da paina
nas sacudidas alinhavadas
de Lilia, mulher assim de ser:
que nem braçada de cana-
da bica para os cochos
dos cochos para o tachos,
nas rememoriações de Riobaldo,
ali, onde esses gerais
são sem tamanho.





















Nos versos em acróstico
de Adilene Oliveira
brincante riqueza natural
do Jequitinhonha,
quero a força-extremosa
de Rosa Nílha e mãe Gera,
os filhos de Sanete
em Mocó dos Pretos
e os filhos de vó Madalena,
todos, em duas quantidades iguais
de treze.





















Quero Maria de Celso
e Geni do Congado
e o empregnado dos gestos
e cores
de terras dançantes
no suor da Chapada.






















Quero o Norte do olhar
nos olhos de Aneli,
e também a dança para um lado
e outro
brincando de procurar
o ar que você respira.

                                               ( para Sandrinha Barbosa Nogueira)


                                                                                                        Lori Figueiró

3 comentários:

  1. Sandrinha e Lori, pude sentir a força do vento nos momentos lindos do QUERO.

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    1. Diêgo, e suas palavras: enrgizando os trabalhos do bem querer. A você amigo querido, toda a essência estimulante do meus dançares. ... Junto ao https://www.facebook.com/Centro-de-Cultura-Memorial-do-Vale-487363121390828/ Centro de Cultura Memorial do Vale Diêgo saúdo você amado. ... E as suas palavras e escrita reflitam a força do vento no próximo trabalho!

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  2. As poéticas do corpo estejam presentes na construção da interpretação de Quero! Lori Figueiró, você em mais uma imersão pelo vale, tnha luz em suas pesquisas pela tradição e ancestralidade.

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