Sandrinha Barbosa Nogueira
e Aneli de Fatima Pereira.
Sandrinha Barbosa Nogueira
e Maria Patrocinia Soares.
Geni Carvalho Soares,
Sandrinha Barbosa Nogueira
e José Carvalho da Rocha Filho.
Bruno Augusto Muniz Morais, Geisy Muniz Carvalho,
José Carvalho da Rocha Filho, Geni Carvalho Soares
e Sandrinha Barbosa Nogueira.
Quero
( um olhar profundo
em seus olhos
e muitos cuidados
)
Quero a luz da poesia
nos olhos de Aleila.
A dança das
minhas mãos
no sorriso dos lábios
da Menina,
- tempo de latência
para tudo
o que se tem para
viver.
Quero encontrar o
lencinho branco
molhado de orvalho
na canção de D.
Evangelina,
numa das estações do
meu interior.
Quero Sandra,
o tempero de avó
Anna
nos grãos de uvas
da sua erudição
solitária,
lá, nas outras
paragens
do centro-oeste.
Quero a paina
e o bater da paina
e o voar da paina
nas sacudidas
alinhavadas
de Lilia, mulher
assim de ser:
que nem braçada de
cana-
da bica para os
cochos
dos cochos para o
tachos,
nas rememoriações de
Riobaldo,
ali, onde esses
gerais
são sem tamanho.
Nos versos em acróstico
de Adilene Oliveira
brincante riqueza
natural
do Jequitinhonha,
quero a força-extremosa
de Rosa Nílha e mãe
Gera,
os filhos de Sanete
em Mocó dos Pretos
e os filhos de vó
Madalena,
todos, em duas
quantidades iguais
de treze.
Quero Maria de Celso
e Geni do Congado
e o empregnado dos
gestos
e cores
de terras dançantes
no suor da Chapada.
Quero o Norte do olhar
nos olhos de Aneli,
e também a dança
para um lado
e outro
brincando de
procurar
o ar que você respira.
Lori
Figueiró
Um tempo vivido lá para os lados de Chapada do Norte
Sandrinha Barbosa Nogueira
Um tempo vivido lá para os lados de Chapada do Norte
Dançar o poema “Quero”,
presenteado pelo amado companheiro Lori Figueiró,
significa para mim,
representar mulheres apresentadas à minha pessoa pelas palavras
e lentes sensíveis deste
artista sensivelmente delicado e apaixonado pelas mulheres.
As instâncias femininas de
Aneli, Maria de Celso e Geni do Congado, vivências pelo
médio Vale do Jequitinhonha no ambiente habitado por elas: Chapada do Norte.
médio Vale do Jequitinhonha no ambiente habitado por elas: Chapada do Norte.
Matrizes: mulheres que
geram, geram porque gestam.
Mergulhar neste universo em
que a poeira alta e lúcida encobre, às vezes, o vermelho
arroxeado de suas terras,
também descortinaram em minha vista a relação que estas
mulheres tem com o viver
íntimo com as sensações, todas elas.
Fico a pensar que tal
intimidade estreita à consciência de que o existir se faz pelos
corpos.
Ao inquietar meus
pensamentos, a maneira de viver as atividades do cotidiano destas
mulheres me fascinam
profundamente e levam-me a senti-las íntimas com percepções
sensoriais abençoadas.
Aneli, Maria e Geni –
corpos e essência: expressão autêntica de realidades estimulando
meu dançar.
Agradecida a Deus ponho-me a
pedir sua Graça para vivenciar suas bênçãos infinitas.
Sandrinha Barbosa Nogueira