quarta-feira, 29 de abril de 2015

Alguns moradores da comunidade de Campo Alegre contemplando suas imagens, ou de seus famíliares, no livro "Reflexos ao calor do Vale". I



Vitalina Pereira Xavier e
João Dias Pereira





 Leozino José Gomes da Silva

Leozino José Gomes da Silva,
Marina Gomes da Silva e
Silmara Lopes da Silva





Vitalina Pereira Xavier e
João Dias Pereira



Vitalina Pereira Xavier
















"Ocê trouxe pra nós, meu filho, um presente pra toda a vida.
Deus lhe pague e guarde. Num vou deixar de pedir a Deus
pra proteger o seu caminho. Ele num vai deixar de te proteger.
Ocê pode de acreditar!"

Vitalina Pereira Xavier, com seus 105 anos, vive na companhia de
João Dias Pereira, seu único filho, às vésperas de completar seus
74 anos.

 

novo trabalho de Lori Figueiró retrata com intimidade a cara do povo do Vale do Jequitinhonha, esse lugar que já é mítico dentro e fora de nós. e o título se confirma: é com imensa quentura
no olho e no coração que Lori clica e expõe a maior riqueza da região: suas simples e profundas gentes. é cada olhar, cada expressão, cada sorriso, cada austeridade... em alguns momentos,
eu me senti lá, junto com o retratado, tamanha a intimidade do fotógrafo com seu tema. um tema cantado e decantado pelo mundo, o Vale do Jequitinhonha segue absurdamente rico e despertando a vontade e o desejo dos viventes, dos estudiosos, dos ofícios, das câmeras, dos palcos, dos instrumentos, das bocas que cantam, dos corpos que atuam.
O vale do Jequitinhonha não acaba nunca...

Déa Trancoso




Alguns moradores das comunidades de Coqueiro Campo e Campo Buriti contemplando suas imagens, ou de seus famíliares, no livro "Reflexos ao calor do Vale".



Izabel Alves Alecrim



Faustina Lopes da Silva



Faustina Lopes da Silva e 
José Cupertino Pereira dos Santos



Leandro Lima dos Santos,
Neusa Gomes dos Santos e
Eva Gomes Francisca Lopes



Kátia da Silva Francisco,
Davi Francisco da Silva e
Pedro Claudeir Gomes Francisco















Lori Figueiró e Sandrinha Barbosa Nogueira, que movimentos a vida nos traz, hein!?
Fico pensando como escrever algo que represente a gama de emoções que tive ao receber meu exemplar, autografado, do livro de imagens poéticas ou de poesias através de fotos, muito belas, por sinal, REFLEXOS AO CALOR DO VALE, do meu amigo, diretor e fotógrafo particular, Lori Figueiró.
Qualquer manifestação de êxtase, qualquer elogio diante de algo tão belo pode parecer suspeito, pela proximidade que tenho com o autor(fotógrafo). Dizer da delicadeza do texto do Professor Edson, da produção cuidadosa da Roseli e Bruna, da tradução sensível do Marcelo e da inspiração incandescente de Sandrinha, também pode parecer pretensão de um simples ator de teatro do Vale do Jequitinhonha que se reconhece em cada página, em cada fotografia deste livro. O primeiro de uma série de volumes que virão.
Aceito correr o risco. A começar pela capa, o rosto lindo da dona Ana, com um sorriso maroto, cúmplice, de quem se deixa ser fotografada. Depois o jogo em preto e branco do Pico do Itambé e do campo de cebolinhas, este lá no final. A dedicatória rebuscada e instigante à Sandra, as citações e o recheio com tudo que há de mais humano, portanto lindo, belo e misterioso: o meu povo. Em sua maioria, gente simples deste ser (tão) mineiro. Gente com a pele curtida de sol, com cheiro de terra e suor que produz pão, dignidade e afeto. É esse o diferencial no trabalho de Lori, o afeto, o vínculo que é estabelecido com essa gente maravilhosa nessa vastidão de Vale. Lori Figueiró entra não só na casa, mas também no coração dessas pessoas. Um trabalho íntimo que se desdobra em sentimento de respeito e amor pelo que faz e principalmente por quem o acolhe. Dizer que ele revela a beleza de pessoas anônimas, não seria justo, pois são pessoas com estórias e histórias de vida e saberes que moldam e forjam a nossa História. Têm nome e endereço.
As parteiras, os benzedores, trovadores, brincantes, trabalhadores e trabalhadoras dos diversos ofícios (quase extintos), gente de fé, crianças, idosos com vitalidade e disposição a viver invejáveis, são alguns exemplos que com certeza chamarão a atenção do leitor que terá em mãos um registro do fim de uma era, nas palavras de Lori.
Cabe a mim, agradecer pelo presente e dizer que o Vale terá o prazer de lançar em breve, esta obra maravilhosa que homenageia a minha gente.

Diêgo Alves

 
O livro no coração da família, páginas que abrem e reinscrevem histórias!

Beth Poesia Guedes


"Vale: vida" e "A menina de lá" em Araçuaí.







































A maior alegria para um artista é poder extrair do público, carinho e contentamento. Não é fácil. No meu caso, uma alegria sem tamanho: voltar a apresentar em minha cidade e ter na plateia agricultores e agricultoras que nunca tiveram a oportunidade de estar numa exposição fotográfica, e ou, num teatro. E que se encantaram! A maravilha da arte, do teatro popular.
Ainda na plateia, além dos amigos e amigas, a minha mãe Zilene, Maria do Carmo, a Cacá, primeira mulher prefeita de Araçuaí, e Maria Cheirosa, ícone do imaginário local.
A diversidade do público também foi outra alegria, crianças, adolescentes, jovens, adultos e pessoas com juventude acumulada que entraram no jogo cênico de uma maneira tão singular. Houve ali, a magia do teatro.
Agradeço àquelas pessoas que compartilharam suas sensações e impressões em relação à exposição de Lori Figueiró e à narração do conto “A menina de Lá” de João Guimarães Rosa. Essa troca, esse contato fazem com que a arte seja de fato, transformadora.
Viva a oportunidade do encontro!
Obrigado a todos e a todas os que estiveram presentes, também em pensamento!

                                                                                                                          Diêgo Alves