domingo, 6 de maio de 2012
Sr. Izalino e Sr. Antonio Pereira
Assim que chegamos à casa de Sr. Izalino,
Sr, Antonio Pereira se fez ouvir:
- cumpadre,
a vida é boa e é bela
só tem que saber conservar ela.
Sr. Izalino assuntou um instantinho só
e dedinhando o violão
se fez ouvinte:
- cumpadre,
quando eu morrer
me enterre no chapadão,
deixe meu braço de fora
com um retratinho dela na mão.
Sr. Antonio Pereira sem pestanejar,
retrucou:
- cumpadre,
ocê assunta esse mundo
que esse mundo é um relógio,
fala para Mariquinha,
que se ela quizer casar, nós casa
se ela quizer fugir, nós foge.
Era apenas o início de uma manhã de sábado...
Lori Figueiró
( apropriação livre dos versos e expressões
de Sr. Izalino e Sr. Antonio Pereira )
Izalino Gomes Guimarães e Antonio Pereira de Souza, além de compadres,
são parceiros de versos e folias desde quando ainda usavam calças curtas,
são moradores em Curtume, povoado de Jenipapo de Minas.
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