quinta-feira, 7 de maio de 2015

"Reflexos ao calor do Vale". Em Coqueiro Campo, as emoções de Eva Gomes contemplando as imagens de sua mãe D. Alvina Gomes da Silva.



Eva Gomes Francisco Lopes



















Alvina Gomes da Silva

No finalzinho de julho de 2012,
visitei D. Alvina pela última vez.
Ela, as mãos em minhas mãos,
entre palavras e rememorações,
os olhos reconhecendo a partida
e neles o quanto a vida é provisória:
estou aqui meu filho, não sinto nada,
uma dorzinha lerda, o dificultoso é a vontade
de comer, a boca não quer aceitar nada.
Eva, coitada, não sabe o que mais fazer
e eu aqui, querendo ela aqui do meu lado,
um doce de filha, isso eu posso tanto gavar,
um doce e tanto de filha.

Eva, os olhos em neblina, alinhavava os cabelos da mãe.

Recordo ainda as palavras de Deuzani, amiga de se
cultivar no sempre:
Ocê sabe, Lori, não sabemos ao certo a idade dela,
é pra mais de 99 anos, e a vida toda naquela peleja,
rumando a qualquer hora, fosse de dia
ou madrugada, caminhando longas distâncias,
os menino não tem acordo certo de nascer,
como ocê mesmo já viu,
e ela, parteira solicitada demais,
querida demais a vida toda.

                                                                                                   Lori Figueiró




A expressão daquilo que foi bom, nomeio saudade. Observe o toque....
O cuidado de quem toca algo precioso (e é). Deslumbramento.
Que sentimento você proporcionou a essa senhora. Salta aos olhos.

Giselle Curado


Que emoção ver a emoção das pessoas se vendo em suas fotos...
Encantada com o livro e com todo o cuidado com a feitura em torno de...
Bênçãos!

Cláudia Lobo

  
A imagem de dona Alvina com o bebê é de uma beleza que me encanta.

Marina Gouvêa


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