Fotografia
Na manhã de um azul imprevisível
Na manhã de um azul imprevisível
no avermelhado das terras de Jenipapo de Minas,
Dona Jesuina, enquanto adoçava com rapadura
o café que seria servido em seguida,
resumiu as reflexões e incertezas de Sr. Oscar:
espia Lori, quem nunca viu
quer ver para acabar de querer.
Contemplando a luz refletida
na imagem de Santa Luzia,
na parede por terminar,
a lembrança de minha mãe, sentenciando:
você pode acreditar, o pior cego
é aquele que não quer ver!
E o meu pai muitas vezes
no batente da varanda
fazendo os seus próprios cigarros:
meu filho, para a sua avó,
que Deus a tenha em um bom lugar,
o pior cego é aquele que vê
somente o que quer ver.
Entre as luzes do presente e
e o brilho das recordações,
o ver e olhar, o olhar de outro modo,
o não ver, o ser visto e querer olhar,
as visões inéditas,
as imagens inefáveis
e as imagens por registrar.
O visível e o invisível,
as sombras do nada.
O olhar dos semelhantes
e o olhar dos visitantes,
o jogo sutil e desconhecido
de olhar e ver.
Lori Figueiró
Lori Figueiró
Sebastiana Lopes Ventura
José Maria da Cruz
Margarida Correia de Araujo
José Maria Leite e
Tereza Ferreira Leite
Fotografia de
Cássia Ferreira Afonso
Fotografia de
Cássia Ferreira Afonso
Fotografia de
Kênio José Silva Souza
Fotografia de
Elnatan Leite Oliveira
Em companhia dos jovens de Carbonita,
pelo Projeto Olhares em Foco,
recordando Cartier-Bresson,
fotografar, é colocar na mesma linha de mira
a cabeça, o olho e o coração,
refleti inúmeras vezes
sobre a fotografia e o seu poder
de eternizar os momentos, bem como
na força sedutora e encantadora da vida
e o seu poder de perpetuar as nossas emoções,
os nossos sentimentos, a nossa beleza misteriosa e involuntária.
Fotografia de
Luiz Carlos Moreira Vieira
ArlindoVieira de Sousa
Fotografia de
Sara Leite Oliveira
Fotografia de
Luiz Carlos Moreira Vieira
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