Os olhos do rio das minhas manhãs não se esqueceu de mim...
Nem a voz, nem o tato,
nem os ouvidos, nem o cheiro...
Nem todos os
sentidos...
Trago comigo a nitidez
das cores,
Guardo o cheiro das
traíras, dos currais e dos terreiros.
Ainda é meu o gosto de
tantos temperos...
Hoje, pela manhã, um
sabiá pousou nas minhas lembranças,
Ao meio-dia fiz o meu
prato num fogão à lenha,
Hoje à tarde eu me
encontrei com o pôr do sol,
Daqui a pouco vou
brincar de amor com ela.
Vou nessas águas,
Vou remando pra
diante...
Minha canoa não tem
casco pra furar!
Celso Freire, O rio das
minhas manhãs
Jequitinhonha
e as suas águas fluindo
em minha pele.
Lori Figueiró
... em seus trabalhos, a transparência do Jequitinhonha registrado no seu ser!
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