“O
cotidiano é algo suscetível de uma sacralização que o torna
admirável e espantoso”
Giorgio
Agamben.
A
exposição fotográfica “D.
Zefa, A
Sacralização do Cotidiano” de Lori Figueiró
é uma justa homenagem, através de imagens ímpares, à dona Zefa e
o seu cotidiano sagrado, uma vez que o sagrado não se encerra em
templos ou monumentos, mas na vida como um todo.
Artesã,
que muito contribuiu para a afirmação da arte do Vale, Zefa
sacraliza o cotidiano, consagrando o seu trabalho a Deus, fonte de
toda a sua sabedoria.
Utilizando
de diferentes linguagens artísticas, a exposição trouxe também
intervenções cênicas dos contos “Sinhá Secada” e “A Menina
de Lá” de João Guimarães Rosa, interpretados por Diêgo Alves.
Foram dias de intensos trabalhos, ensaios, correções, adequações,
experimentações e partilhas com o público serrano. Público, este,
muito caloroso, bem como os funcionários do Museu Casa dos Ottoni
que além de braços abertos, nos receberam com boa vontade e
disponibilidade para o que fosse preciso.
Depois
das apresentações tivemos a oportunidade de fazer uma roda de
conversa, onde trocamos com o público, ideias e impressões sobre os
trabalhos. Exercício enriquecedor, pois voltamos nossa atenção
àqueles que são a razão do nosso trabalho, da nossa arte.
As
encenações dos contos são realizações do Centro de Cultura
Memorial do Vale. Sinhá Secada tem prólogo, dramaturgia e direção
geral de Lori Figueiró, direção vocal e corporal de Grace Matos e
Sandrinha Barbosa Nogueira. A Menina de Lá, prólogo e dramaturgia
de Lori Figueiró e direção geral de Lori Figueiró e Sandrinha
Barbosa Nogueira.
Diêgo
Alves
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