Geralda Martins Soares,
mãe Gera.
Rita de Souza Gomes
Corina Esteves Nunes
Maria Carmelita Lopes Barbosa
Maria Antonia Esteves Santos
Jovelina Batista Nunes
Santa Nunes Silva
Nedir Moreira Ramos
Em companhia de D. Gera, mãe Gera, e de Claudiana, na terça-feira de carnaval
e quarta-feira de cinzas, percorremos
mais de 150 kms das estradas de Jenipapo de Minas,
para visitarmos algumas parteiras do
município. Em Santo Antonio, ainda bem cedinho,
D. Rita, nos recebeu com o seu sorriso
farto, sua prosa sem medida e um delicioso minguau
de milho verde. Em Lagoa Grande, D.
Corina, distribuiu afetos, mudas de chã e medicamentos caseiros e
enquanto mãe Gera e Claudina almoçavam com ela os pertences de um
porco
abatido a poucos dias, eu e seu neto
Pedro, preferimos saborear uma variedade de mangas
no fundo do quintal. Mais a tarde, sem
a companhia de mãe Gera, tinhamos que percorrer
uma longa distância a pé, que a sua
idade e saúde já não permite, nos encontramos com
D. Jovelina. Desde que eu a conheci, tenho
por ela uma admiração profunda, por sua força
e se jeito agreste de ser. Ao final da
tarde, depois de uma quantidade sem fim de confidências,
indagações e carinhos compartilhados
com D. Carmelita e D. Antoninha, e a promessa
de novos reencontros, ficamos para o
pernoite na casa de D. Antoninha. Na cozinha,
enquanto preparava o jantar com os
legumes e verduras colhidos na própria horta, a
anfitriã foi relatando a vida dedicada
aos partos e a sua fé e devoção às bençãos aprendidas
com o pai, tudo com a intenção de
ajudar os seus semelhantes. Após o jantar, sentado no
batente do portal da sala ouvindo os
barulhos do silêncio e contemplando um céu permeado
de estrelas, D. Antoninha me serviu um
chá de hortelã, para ocê dormir direitinho e em paz,
meu filho. Na manhã do dia
seguinte, mesmo com toda intenção, não tivemos a alegria
de nos encontrarmos com D. Maria da
Penha e D. Zeca em Estiva. D. Maria da Penha
estava para Belo Horizonte acompanhando
uma amiga para um tratamento médico e
D. Zeca estava com D. Gerinha, levando
a Eucaristia aos enfermos impossibilitados de
freguentar a igreja. Mas, não deixando
por menos, D. Santa, nos recebeu com seu sorriso
e doçura contagiante, e ainda
confirmando a fama de doceira e quitandeira de mão cheia.
nos serviu saborosas quitandinhas e um
cafezinho coado na hora. E encerrando a nossa programação de
visitas, em Palmital, fomos calorosamente recebidos por Nedir e sua família.
Nedir, provavelmente a parteira mais jovem da região, em um dos seus
partos, como ela
mesma fez questão de dizer, teve a honra de ter mãe Gera como sua acompanhante.
mesma fez questão de dizer, teve a honra de ter mãe Gera como sua acompanhante.
Na volta para Jenipapo de Minas, entre
uma conversa e outra e refletindo sobre a grandeza
destas mulheres repletas de
generosidade, de amor e disponibilidade para servir e ajudar
seus semelhantes, mãe Gera me
confessou:
Lori, todas essas mulher, como diz,
queu passei nas casa delas, elas todas tão salvas,
todo mundo vivo, graças ao meu bom
Deus, as mulher pode ter morrido, não dessas
coisas, parto... Não tenho como
agradecer a Deus uma graça dessa, né? Agora você
vê Lori, uma mulher que nem eu,
analfabeta, não tem leitura, não tem nada, e graças
a Deus, passar umas coisas assim tão
complicada, e graças a Deus num perde nem
mãe nem filho, num tem jeito, só
pode ser uma graça, eu me sinto muito feliz com
isso, honrada mesmo, quando eu
alembro disso, Lori, o que eu tenho é agradecer
a Deus mais ainda, né? Oh, meu
Deus! É uma graça recebida, Lori, queu recebi
nessa minha vida, nesse fim de vida,
setenta e dois ano, uma graça recebida e
queu não tenho como agradecer a
Deus.
Lori Figueiró
Mulheres cheias de graça,fé,força,
ResponderExcluirvigor,vida e muito amor pelo que fazem.
Estão todas de parabéns!