quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

O Menino vai chegar.

                                                Helena Siqueira Torres































O Menino vai chegar

O Menino já nasceu, Lori, olha lá!
Nossa Senhora, São José...
A mantinha clarinha... Esse ano eu num quis colocar capim...
A gruta ficou funda... Uma furna escura, num ficou?!
O Menino num vai molhar de chuva, nem tomar vento...
Olha lá, a vaquinha soprando ele...
O garrote mansinho...
Ocê sabe, tanta gente aqui, tanta gente,
uma atrás da outra, visita demais, uma visitama
que o Menino Jesus tá satisfeito, todo alegre!!!
Dá trabalho, ocê sabe, esse entra e sai, num tem hora,
num tem tempo, o povo entrando casa adentro,
chegando na janela, perguntando, querendo saber...
Mas eu gosto, é, eu gosto e muitio! Muitio mesmo!!!
Se sabe por quê? Tá dispertando a fé das pessoas,
o levantamento da fé! As pessoas... a fé...!!!
Ô Lori, a gente num pode ter nada
de grandeza, de orgulho, porque atrapalha,
é verdade, a vida, ocê sabe, é das coisas simples,
das pessoa simples, dos humildes.
O Menino gosta é disso; simplicidade!!!
A gente deve de ser como a gente é!!!
Num é verdade?! Tem de ser assim, num pode ser diferente!!!

Helena Siqueira Torres





quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Marlene e Rosemar, o fazer da rapadura.

                    Marlene Aparecida Ribeiro Rodrigues e Rosemar Paulo de Araújo
                                   Engenho, São Gonçalo do Rio das Pedras.




























quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

João Rosa da Silva, "quem tem tempo faz feitiço!"










                                         João Rosa da Silva

 
Manhã de domingo, barra do Pico do Itambé, Capivari.
Seu João Lino, João Rosa da Silva, depois de se ver
coando o café no monitor da minha câmara,
não se fazendo de rocado, exclama:
Diacho sô, quem tem tempo faz feitiço!
O senhor cum essa sua máquina, ave maria!
Isso é que é coisa de feiticeiro!
Olh'eu aqui, inteirim, inteirim...
Tô enxercando a cozinha nos por menor,
sem faltar nada de nada, nadinha...
O fogareu, as panelas, a pratileira, aqui adiante
o portal pra sala, tudo nos conforme, vixe...
Num é qu'eu tô vendo tudo como divera é!
Moço, qui disparramo, qui trem mais horroso de bom!

Lori Figueiró



domingo, 1 de novembro de 2015

Ana Catarina de Souza contemplando as imagens do livro "Reflexos ao calor do Vale" em Francisco Badaró.



Ana Catarina de Souza

































Que mundo lindo, esse da simplicidade... uma imensidão de vida 
que surge na riqueza de detalhes que só os homens de bom coração 
podem enxergar...

Maristela Viana 


Abrir, fechar, movimentar os olhos, movimentar o espírito: reflexos que só o espelho dos olhos permite, 
estimulado pelo espelho do livro. 
Abraços. Parabéns. Abraços.

Edson Nascimento Campos



José Natalino dos Santos e Ana Rosa Souza Santos contemplando as imagens do livro "Reflexos ao calor do Vale", em Ouro Fino, Coronel Murta.



José Natalino dos Santos 





José Natalino dos Santos 
e Ana Rosa Souza Santos.









Lori Figueiró: a bela partilha dos olhares no espelho. 
Abraços.

Edson Nascimento Campos