sábado, 28 de junho de 2014

Quero II - Minas Novas.


Sandrinha Barbosa Nogueira e
Geni Carvalho Soares


















Ao ser acolhida por Geni Carvalho Soares, Geni do Congado, mulher de instinto e ação, vivacidades e incandescências tocaram suavemente meu corpo.
Desejei ter as luzes emprestadas do corpo desta mulher e dançar em prazer e contentamento.
Geni do Congado abrigou-me em vermelhos vivo e arroxeados. Maravilhosas luzes foram-me emprestadas do corpo desta mulher.
Compreendi humildemente que, as danças, simultaneamente à importância de seus estudos, devem ser dançadas, dançadas sempre e intensamente.
A cidade de Minas Novas com seu sobe-desce ladeiras das ruas calçadas de pedras ladeado por casarões, cenário vivo e real de meu encontro dançante com Geni.
Os sons dos “tamborzeiros” da Festa de Nossa Senhora do Rosário embalando fé e vida do povo deste lugar.
Eu, Sandra, imersa e embalada pela minha fé neste lugar! Profundamente agradecida a Deus, o Criador de todo o UNIVERSO. Meu Uni Verso interior recebe o poema “Quero” presente do companheiro Lori Figueiró, poeta da fotografia, brincante da luz. Poema para se dançar com os amigos Diêgo Alves e Vitória Regina.
                                                                                            Sandrinha Barbosa Nogueira

domingo, 22 de junho de 2014

Quero




Quero
( um olhar profundo em seus olhos
e muitos cuidados )


























Quero a luz da poesia
nos olhos de Aleila.






















A dança das minhas mãos
no sorriso dos lábios da Menina,
- tempo de latência para tudo
o que se tem para viver.





















Quero encontrar o lencinho branco
molhado de orvalho
na canção de D. Evangelina,
numa das estações do meu interior.





















Quero Sandra,
o tempero de avó Anna
nos grãos de uvas
da sua erudição solitária,
lá, nas outras paragens
do centro-oeste.






















Quero a paina
e o bater da paina
e o voar da paina
nas sacudidas alinhavadas
de Lilia, mulher assim de ser:
que nem braçada de cana-
da bica para os cochos
dos cochos para o tachos,
nas rememoriações de Riobaldo,
ali, onde esses gerais
são sem tamanho.





















Nos versos em acróstico
de Adilene Oliveira
brincante riqueza natural
do Jequitinhonha,
quero a força-extremosa
de Rosa Nílha e mãe Gera,
os filhos de Sanete
em Mocó dos Pretos
e os filhos de vó Madalena,
todos, em duas quantidades iguais
de treze.





















Quero Maria de Celso
e Geni do Congado
e o empregnado dos gestos
e cores
de terras dançantes
no suor da Chapada.






















Quero o Norte do olhar
nos olhos de Aneli,
e também a dança para um lado
e outro
brincando de procurar
o ar que você respira.

                                               ( para Sandrinha Barbosa Nogueira)


                                                                                                        Lori Figueiró