quarta-feira, 21 de novembro de 2012

D. Gera, "a alegria é o tempero da vida."


                                Geralda Martins Soares e os bisnetos Thaís e Erick






Parteira em Jenipapo de Minas, D. Gera, mãe Gera, recebeu em suas mãos
mais de setecentas criançaspara admirar com apreço as cores da vida
recebendo de Deus as bênçãos, como me confidênciou quando nos conhecemos.
Filha, neta e bisneta de parteiras, iniciou-se no oficio de parteira, realizando
três partos antes do nascimento de seu primeiro filho, ainda aos dezesseis anos.
Mãe de dez filhos, dois foram chamados para a convivência com Deus antes de um
aninho de vida e Beto ( José Roberto ) homem feito, tem 13 netos e 2 bisnetos.
Com as suas filhas, genros, netos e bisnetos integram o Grupo de Consciência Negra
e Resgate. Com a sua força e sabedoria, mãe Gera é a linha e o ponto que
perpassa as relações dos integrantes deste grupo.
Revendo alguns registros de nossas primeiras conversas:
A vida da gente, a gente não sabe aonde que fica, né. Não sabe como é o traço
da vida da gente. A gente muito bem, aí, mas o final da vida ninguém sabe o
quê que arresulta.
Em um outro momento: O mundo muita volta e não sei de quem serei.
No último domingo, instantes antes da Missa da Consciência Negra enquanto
eu a registrava em companhia de Thaís e Erick, seus bisnetos;
- eu nasci, Lori, para viver alegre, não gosto de tristeza, tudo o que incomoda
eu não carrego, jogo tudo pra trás e sigo a vida e sei que assim é melhor, que
assim deve de ser. Hoje, eu com o coração apertado, queria todos meus
filhos aqui do lado meu, comigo, e mermo assim não deixo de alegre, ocê
deve de saber, a alegria é o tempero da vida, num é mermo?
E assim, recordando a minha amiga Rosa, vou reconhecendo em mãe Gera
a sua nobreza.


                                                                                                     Lori Figueiró



D. Zefa e a convivência com o sagrado



Na noite de 25 de outubro visitando D. Zefa, em companhia de Diêgo, meu amigo,
e mais a intenção de convidá-la para a exposição Dona Helena e seus saberes
no Vale com Valor, em Araçuaí,  ela mais uma vez demonstrou a sua fé e
convivência com o sagrado.

Vou contar procês, Deus quer que sejamos fiéis e obedientes a ele,
e satisfeito ele está sempre pronto a satisfazer os nossos pedidos e
desejos, assim também é a nossa mãe, a mãe terra...

Bom, a mãe terra é a mesa da comunhão, aí... eu vou conversar com Deus.
Agora, vou confessar porque quando Deus começou as habitação do ser
humano no mundo, então, foi a primeira confissão, quera a cultura. Então
a pessoa não morrer sem confissão, a pessoa...
Chamava confissão de de pau. Era aconheci meus avô, bisavô falar
confissão de de pau, mas confessá é com Deus. Então eu vou e me ajoelho,
vou conversar com Deus agora:






Aqui me ajoelho Senhor
nesta mesa de finar
minha alma se alegra
de ver tão rico manjar
o manjar tão incelente
dado pelo Senhor.
Que os pecados que eu tinha
vós não disse, confessou.
Eu agora vos digo, Senhor
sem saber quantos eles são.
Perdoai os meus pecados
na santa mesa da comunhão.

Aí, eu vou e boto a minha boca em terra e digo:






Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo
minha Santa Mãe Terra,
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo
minha Santa Mãe Terra,
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo
minha Santa Mãe Terra,

Minha Santa Mãe Terra, eu Josefa Alves dos Reis, vos peço a vóis
que por debaixo da obediência das três pessoas da Santíssima Trindade,
Pai, Filho e Espírito Santo, eu vos peço a vóis... não vou mais falar...
agora, você pede o que você quiser... depois você louvado a ela e pede...
aquilo que você pelejou e nunca alcançou, você pede, porque ela dá,
mas mesmo!
...