domingo, 22 de setembro de 2013

Jequitinhonha, "o rio das minhas manhãs" e a poesia de Celso Freire"





Os olhos do rio das minhas manhãs não se esqueceu de mim...
Nem a voz, nem o tato, nem os ouvidos, nem o cheiro...
Nem todos os sentidos...

Trago comigo a nitidez das cores,
Guardo o cheiro das traíras, dos currais e dos terreiros.
Ainda é meu o gosto de tantos temperos...

Hoje, pela manhã, um sabiá pousou nas minhas lembranças,
Ao meio-dia fiz o meu prato num fogão à lenha,
Hoje à tarde eu me encontrei com o pôr do sol,
Daqui a pouco vou brincar de amor com ela.

Vou nessas águas,
Vou remando pra diante...
Minha canoa não tem casco pra furar!


                                                     Celso Freire, O rio das minhas manhãs








                                                Jequitinhonha
                                                e as suas águas fluindo
                                                em minha pele.

                                                                 
                                                                                      Lori Figueiró


Um comentário:

  1. ... em seus trabalhos, a transparência do Jequitinhonha registrado no seu ser!

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