sábado, 14 de abril de 2012

Veja-me só que elegância

Veja-me só que elegância
Em que ponto eu hoje estou
Com esta bela sombrinha
Que o padrinho me comprou.

Andando assim como eu ando
Toda galante sombrinha
Não há ninguém que me deixe
De julgar como uma mocinha.

Quero que todos exclamem
Isso sim não é menina
Repare e veja que é
Uma mocinha pequenina.

Seguro na minha saínha
Como faz toda senhora
Mas não se ria de mim
Senão daqui eu vou me embora.

E quem muito há de gostar
De me ver assim vestida
Toda catita e galante
É a mamãezinha querida.

Autor desconhecido, por Ilídia Batista Lopes.

D. Ilídia, com seus 96 anos de idade, é o morador mais idoso de São Gonçalo do Rio das Pedras.
Sempre que solicitada e instigada a recordar as suas memórias, com uma sombrinha nas mãos,
em gestos teatrais, ela declama os versos acima.

6 comentários:

  1. Oi Lori!! Tá ficando um primor o seu espaço! Esse poema recitado por D. Ilídia me tocou profundamente, cheguei a pesquisar sua origem e acabei o encontrando no trabalho de uma pedagoga intitulado "História Social da Infância no Brasil", onde ela fala das meninas ainda crianças e que sonhavam em se tornar mocinhas, pois assim logo se casavam e se realizavam. O seu transcrito é o único completo que achei, pois só vc tem uma D. Ilídia pra narrar tudinho! rsrs Abração!

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  2. Oi Lori
    Muito legal o que deu para ver de seu trabalho.
    Gostei particularmente das fotos publicadas em março das duas senhoras, as cores estão fantásticas, muito legal mesmo.
    De grande importancia é poder registrar a passagem dessas pessoas tão singelas e ao mesmo tempo tão ricas em suas experiências e vivências cotidianas de Minas e de outos tempos hoje tão distantes pra muitos de nós.
    Beijos e até

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  3. minha mae falou que minha voh recitava as primeiras estrofes desse poema, que deve ter aprendido na infancia em santana do jacareh.

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  4. eu resitei este poema na minha igreja no dia das mães, ficou uma graça todo mundo gostou.

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  5. Veja-me só que elegância
    Em que ponto eu hoje estou
    Com esta bela sombrinha
    Que o padrinho me comprou.

    Andando assim como eu ando
    Toda galante sombrinha
    Não há ninguém que me deixe
    De julgar como uma mocinha.

    Quero que todos exclamem
    Isso sim não é menina
    Repare e veja que é
    Uma mocinha pequenina.

    Seguro na minha saínha
    Como faz toda senhora
    Mas não se ria de mim
    Senão daqui eu vou me embora.

    E quem muito há de gostar
    De me ver assim vestida
    Toda catita e galante
    É a mamãezinha querida.

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  6. Hi ! Tenho 71 anos de idade e 'cantei' essa musiquinha quando estava no 3o. ano primário em Santo André, São Paulo. Tem algumas variantes mas o início é igualzinho !! :) Que lindo recordar !!!

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